SÃO PAULO / NOTÍCIA Baú da Vovó: Mario Mendes Jornalista relembra cinco momentos marcantes de sua carreira Compartilhe: (Créditos: ) 123 Olá, ObaObafriends. O baú que mais ensina sem pretensão, pois informar sem afetação é o novo preto, vem em clima mais que especial... Eu Acho. Mario Mendes é um ícone não somente pra quem se diz jornalista ou estuda na área. Ele é um dos alicerces da cultura viva (e bon vivant) de comportamento dessa metrópole nossa que vive de insônia... Tá Rave (= sem intimidades). E fiquei mais que emocionado com seu "aceito". Ele resumiu em cinco pontos cardeais sua historia pra você, leitor tesouro. Uma verdadeira aula. Superacho. Merci Mario. Mario Mendes diz: O jornalista Mario Mendes é o convidado da vez no "Baú da Vovó" “Então vamos lá: 1 - Viva la vida loca: Quando eu comecei no Jornalismo, em 1978, tudo era DISCO. Na televisão tinha Dancin'Days, com Frenéticas na trilha sonora e Julia Matos (Sônia Braga) quebrando tudo na pista da 17 ao lado de Paulette (ex-Dzi Croquetes). No cinema, o negócio era Os Embalos de Sábado à Noite: John Travolta era O símbolo sexual e os Bee Gees conheciam uma nova encarnação como banda disco. Na vida real, Ricardo Amaral era o dono da noite no eixo Rio-São Paulo com seus Hippos e o Papagaio (SP), enquanto a turma jet-setter (sim, isso ainda existia) se acabava em sejours nova-iorquinos e parisienses, com direito a passagens no Studio 54 e Le Palace. Trabalhando na redação de Interview, a revista mais cool e bacana da época, vivia no meio dessa atmosfera, reportando a partir dos malotes internacionais que recebíamos e dos pacotes das gravadoras (Charo, Chic, Chaka Khan, Cher etc). Claro que sobrava tempo para conciliar as aulas na ECA com noites no Hippo, Papagaio e a Ponte Aérea pra dançar no Hippo (again) e no Sótão, com Vania Toledo e Markito. 2 - "Disco sucks" era o lema dos 80, quando o pop foi dominado pela segunda British Invasion. The Smiths, Culture Club, New Order, Eurythmics, Duran Duran e toda aquela turma que a gente conhecia através dos carregamentos dos comissários de bordo e dos amigos mais abonados que começavam a viajar. Então a gente dançava muito no Madame Satã ao som da dupla de DJs Marquinhos MS e Magal. Como a Interview perdeu muito de seu allure ao deixar de ser tablóide de luxo de virar revista de verdade, me transferi de mala e cuia para a redação da Folha de S.Paulo. Escrevia sobre moda para o suplemento Casa e Cia. (editado por Lilian Pacce, muito antes de sua encarnação fashionista), sobre cultura pop para a Ilustrada e cobria o high society como assistente da colunista Joyce Pascowitch. Foi uma época e tanto. Yuppismo cultural na veia. 3 - Demitido da Folha (porque aquela turma e eu nunca nos entendemos muito bem), fui contratado pela Vogue no final da década de 80. Foi aí que encontrei Regina Guerreiro e nosso casamento profissional durou uns bons 15 anos (apesar de, seis meses depois, eu ter trocado Vogue pela seriedade de Isto É). Escrevia muito sobre cinema, minha primeira paixão na vida, mas a moda começava a se tornar algo interessante, grande e inevitável para a imprensa como um todo. 4 - Nos anos 90 tudo virou fashion e, depois de dois anos intensos editando a nova encarnação de Interview (agora a primeira revista de celebridades como conhecemos hoje na imprensa brasileira), aceitei o convite de Regina Guerreiro para ser redator chefe de Elle. Caí com os dois pés na moda. Ao mesmo tempo, Londres chamava. O tempo todo. Passava pelo menos dois meses e meio por ano na capital da rainha, vendo a explosão da cena eletrônica e London swingin' again com Oasis, Spice Girls e, claro, John Galliano, Alexander McQueen. No final da década, troquei a edição de Elle por uma temporada sabática em Londres. E a minha vida jamais seria a mesma novamente. 5 - Ainda me recuperando da fase "party animal" londrina, e vivendo como jornalista freelance, fui convidado pelo Paulo Lima, da Trip Editora, para dirigir a revista da Daslu. Conheci Eliana Tranchesi e o clique foi imediato. Passei dez anos fazendo a revista mais glossy e luxuosa da imprensa de moda nacional (sorry, Vogue). Um momento privilegiado com o melhor da moda internacional à nossa disposição e a moda nacional explodindo no mundo, com a SPFW crescendo e aparecendo. A gente ralava na mesma proporção que se divertia. Uma delícia. Como nada é para sempre, essa época passou. Mas como a gente fica mais velho e mais sábio, aceitei o convite irrecusável de meus antigos companheiros de outras jornadas, Isabela Boscov e Mario Sabino, para fazer parte da equipe de Veja, na editoria de Artes & Espetáculos. Mas como a moda não me abandona, o Carlos Graieb decidiu me reinventar como comentarista de moda em vídeo para o site Veja.com. E não é que eu gostei? Muito bom estar toda semana nas bancas e a qualquer momento na internet, em vídeo". Perguntei pro mestre Mario Mendes que música ele indicaria pra o ObaObafriend entender sua peregrinação (= saga) in press e ele foi rápido, rasteiro e emocionante, as usual, e indicou "Blame it on the boogie", dos Jacksons e como ele diz "Porque a culpa é do balanço"... Eu Super Acho. Compartilhe:
SÃO PAULO / NOTÍCIA
Baú da Vovó: Mario Mendes
Jornalista relembra cinco momentos marcantes de sua carreira
Olá, ObaObafriends. O baú que mais ensina sem pretensão, pois informar sem afetação é o novo preto, vem em clima mais que especial... Eu Acho.
Mario Mendes é um ícone não somente pra quem se diz jornalista ou estuda na área. Ele é um dos alicerces da cultura viva (e bon vivant) de comportamento dessa metrópole nossa que vive de insônia... Tá Rave (= sem intimidades). E fiquei mais que emocionado com seu "aceito". Ele resumiu em cinco pontos cardeais sua historia pra você, leitor tesouro. Uma verdadeira aula. Superacho. Merci Mario.
Mario Mendes diz:
O jornalista Mario Mendes é o convidado da vez no "Baú da Vovó"
“Então vamos lá:
1 - Viva la vida loca: Quando eu comecei no Jornalismo, em 1978, tudo era DISCO. Na televisão tinha Dancin'Days, com Frenéticas na trilha sonora e Julia Matos (Sônia Braga) quebrando tudo na pista da 17 ao lado de Paulette (ex-Dzi Croquetes). No cinema, o negócio era Os Embalos de Sábado à Noite: John Travolta era O símbolo sexual e os Bee Gees conheciam uma nova encarnação como banda disco. Na vida real, Ricardo Amaral era o dono da noite no eixo Rio-São Paulo com seus Hippos e o Papagaio (SP), enquanto a turma jet-setter (sim, isso ainda existia) se acabava em sejours nova-iorquinos e parisienses, com direito a passagens no Studio 54 e Le Palace. Trabalhando na redação de Interview, a revista mais cool e bacana da época, vivia no meio dessa atmosfera, reportando a partir dos malotes internacionais que recebíamos e dos pacotes das gravadoras (Charo, Chic, Chaka Khan, Cher etc). Claro que sobrava tempo para conciliar as aulas na ECA com noites no Hippo, Papagaio e a Ponte Aérea pra dançar no Hippo (again) e no Sótão, com Vania Toledo e Markito.
2 - "Disco sucks" era o lema dos 80, quando o pop foi dominado pela segunda British Invasion. The Smiths, Culture Club, New Order, Eurythmics, Duran Duran e toda aquela turma que a gente conhecia através dos carregamentos dos comissários de bordo e dos amigos mais abonados que começavam a viajar. Então a gente dançava muito no Madame Satã ao som da dupla de DJs Marquinhos MS e Magal. Como a Interview perdeu muito de seu allure ao deixar de ser tablóide de luxo de virar revista de verdade, me transferi de mala e cuia para a redação da Folha de S.Paulo. Escrevia sobre moda para o suplemento Casa e Cia. (editado por Lilian Pacce, muito antes de sua encarnação fashionista), sobre cultura pop para a Ilustrada e cobria o high society como assistente da colunista Joyce Pascowitch. Foi uma época e tanto. Yuppismo cultural na veia.
3 - Demitido da Folha (porque aquela turma e eu nunca nos entendemos muito bem), fui contratado pela Vogue no final da década de 80. Foi aí que encontrei Regina Guerreiro e nosso casamento profissional durou uns bons 15 anos (apesar de, seis meses depois, eu ter trocadoVogue pela seriedade de Isto É). Escrevia muito sobre cinema, minha primeira paixão na vida, mas a moda começava a se tornar algo interessante, grande e inevitável para a imprensa como um todo.
4 - Nos anos 90 tudo virou fashion e, depois de dois anos intensos editando a nova encarnação de Interview (agora a primeira revista de celebridades como conhecemos hoje na imprensa brasileira), aceitei o convite de Regina Guerreiro para ser redator chefe de Elle. Caí com os dois pés na moda. Ao mesmo tempo, Londres chamava. O tempo todo. Passava pelo menos dois meses e meio por ano na capital da rainha, vendo a explosão da cena eletrônica e London swingin' again com Oasis, Spice Girls e, claro, John Galliano, Alexander McQueen. No final da década, troquei a edição de Elle por uma temporada sabática em Londres. E a minha vida jamais seria a mesma novamente.
5 - Ainda me recuperando da fase "party animal" londrina, e vivendo como jornalista freelance, fui convidado pelo Paulo Lima, da Trip Editora, para dirigir a revista da Daslu. Conheci Eliana Tranchesi e o clique foi imediato. Passei dez anos fazendo a revista mais glossy e luxuosa da imprensa de moda nacional (sorry, Vogue). Um momento privilegiado com o melhor da moda internacional à nossa disposição e a moda nacional explodindo no mundo, com a SPFW crescendo e aparecendo. A gente ralava na mesma proporção que se divertia. Uma delícia. Como nada é para sempre, essa época passou. Mas como a gente fica mais velho e mais sábio, aceitei o convite irrecusável de meus antigos companheiros de outras jornadas, Isabela Boscov e Mario Sabino, para fazer parte da equipe de Veja, na editoria de Artes & Espetáculos. Mas como a moda não me abandona, o Carlos Graieb decidiu me reinventar como comentarista de moda em vídeo para o site Veja.com. E não é que eu gostei? Muito bom estar toda semana nas bancas e a qualquer momento na internet, em vídeo".
Perguntei pro mestre Mario Mendes que música ele indicaria pra o ObaObafriend entender sua peregrinação (= saga) in press e ele foi rápido, rasteiro e emocionante, as usual, e indicou "Blame it on the boogie", dos Jacksons e como ele diz "Porque a culpa é do balanço"... Eu Super Acho.
Perguntei pro mestre Mario Mendes que música ele indicaria pra o ObaObafriend entender sua peregrinação (= saga) in press e ele foi rápido, rasteiro e emocionante, as usual, e indicou "Blame it on the boogie", dos Jacksons e como ele diz "Porque a culpa é do balanço"... Eu Super Acho.
Comentários